A automação não é apenas uma palavra da moda. Automatizar não é mais coisa do futuro. Sabe aquela ideia de fazer as máquinas cuidarem das tarefas chatas para a gente poder focar no que realmente importa? Pois é, isso não é mais coisa de filme de ficção científica. É real, e é incrível, principalmente quando falamos de gerenciar infraestrutura na nuvem.
Pensemos juntos: Gerenciar um datacenter pode render muita dor de cabeça correto? Imagina agora gerenciar toda uma infraestrutura de nuvem, um montão de coisas para ficar de olho, e se a gente tentar fazer tudo na mão, é fácil errar ou demorar demais. Imagina ter que esperar semanas só para começar um projeto novo porque a TI está enrolada? Agora imagina se ainda há várias nuvens? Minha nossa! Com o crescimento exponencial dos dados e aplicações, são tantas tecnologias novas aparecendo que a necessidade de automação se torna ainda mais crítica.
Nos dias de hoje, para um negócio ser ágil, sua infraestrutura de TI tem que ser ágil também. E isso significa rodar tudo em uma nuvem de maneira eficiente. A nuvem pode ser de vários tipos, mas o importante é que seja segura, flexível e que dê conta do recado sem dor de cabeça.
Sabe, é comum ver a gente de TI se desdobrando para manter tudo funcionando direitinho, tentando evitar problemas. Isso acaba puxando mais gente para fazer tarefas repetitivas e até aumenta a pressão no trabalho.
Aí que entra o VMware Aria Automation, um jeitão moderno de automatizar a infraestrutura de TI. Ele transforma a complexidade em simplicidade, segue a onda DevOps e usa muita coisa de código aberto para fazer a magia acontecer. Ele dá para a galera de TI o poder de fazer as coisas por conta própria, trabalha tanto com nuvem VMware (nuvem privada), quanto em nuvens públicas (AWS, Azure, GCP).
Juntas, as ferramentas do Aria Automation formam um poderoso ecossistema que automatiza quase qualquer aspecto da gestão de infraestrutura de nuvem:
Assembler: É um motor de Infraestrutura como Código (IaC) para modelagem, provisionamento multi-cloud e automação de rede, ou seja, usamos para gerenciar a infraestrutura na nuvem de um jeito fácil. Por exemplo, você pode configurar automaticamente um novo ambiente de servidor com apenas alguns cliques, o que antes poderia levar horas ou até dias. É o item mais usado da solução inteira.
Service Broker: Aqui criamos um catálogo de autoatendimento, que deixa você escolher e usar serviços sem complicação. Ele garante que, mesmo sendo fácil de usar, tudo segue as regras de segurança e conformidade da empresa, como um bibliotecário que sabe exatamente onde cada livro deve ficar e quem pode pegá-lo.
Pipelines: Uma ferramenta que automatiza o processo de configurar e lançar sistemas ou aplicativos de TI. Isso significa lançamentos mais rápidos e seguros, como se você tivesse uma equipe de especialistas sempre pronta para entregar novidades sem falhas.
Orchestrator: Ele gerencia e organiza todas as tarefas e processos automáticos, garantindo que eles aconteçam na ordem certa e no momento certo, para que tudo funcione harmoniosamente. Pense nele organizando um processo complexo, como a atualização de segurança em toda a rede, sem que você precise se preocupar com cada passo.
Migration Assistant: Simplesmente um assistente de migração, não entrarei em detalhes sobre este item no momento, mas ele facilita a transição de ambientes para a nuvem, algo que exploraremos mais adiante.
Resumindo, o VMware Aria Automation é a solução que faltava para enfrentar os desafios da TI moderna, permitindo que as equipes se concentrem em inovação ao invés de ficarem presas na manutenção. Ele é essencial para qualquer organização que deseja manter-se ágil, segura e inovadora em um mundo tecnológico que evolui rapidamente.
Adicionando uma Cloud Zone
Agora que falei muito simples e breve sobre o Aria Automation, vamos à prática, pois acredito que assim iremos aos poucos fixar melhor sobre a solução e todo o seu poder.
E neste primeiro passo, iremos simplesmente adicionar uma cloud account em nosso Aria Automation.
Cloud Account são as permissões que o Automation Assembler usa para pegar informações de diferentes lugares (como regiões ou datacenters) e para colocar cloud templates (templates de nuvem) nesses lugares.
As informações coletadas incluem as regions (regiões) que você vai associar depois com as cloud zones (zonas na nuvem).
Quando você ajusta as cloud zones, mappings (mapeamentos) e profiles (perfis), você escolhe a conta na nuvem que eles vão usar.
Se você é o administrador da nuvem, você cria essas cloud zones para os projetos que sua equipe vai trabalhar. Dados sobre rede e segurança, computação, armazenamento e etiquetas são coletados dessas cloud zones.
Embora eu possa estar utilizando qualquer cloud account disponível, inicialmente iremos utilizar meu próprio vCenter, ou seja, minha própria infraestrutura de virtualização para estudarmos o Aria Automation. (Em algum artigo, irei demonstrar usando o Azure)
01. Partindo da pagina inicial do Aria Automation, clique no Assembler:
02. Clique na aba Infrastructure, desça até o finalzinho e clique em Connections > Cloud Accounts:
03. Clique em ADD CLOUD ACCOUNTS:
04. Repare nos tipos de Cloud Accounts que o Aria Automation possui de opções. Para o nosso caso neste artigo, clique em vCenter Server:
05. Na tela seguinte, preencha os campos solicitados de acordo com seu ambiente, em seguida clique em VALIDATE para se certificar que é possível haver comunicação e consequentemente, adicionar essa Cloud Account:
06. Abrirá uma tela, perguntando se aceitamos o certificado auto-assinado. Clicamos em ACCEPT:
07. Após o aceite, surgirão novos campos. Um deles se refere à quais datacenters iremos adicionar dessa cloud account, em nosso caso só possuímos uma. Qual cloud account do NSX iremos adicionar, em nosso caso ainda não iremos adicionar nenhuma. Em seguida, basta você clicar em ADD para concluir a adição de nossa cloud account utilizando nosso vCenter:
08. Aqui vemos o status da cloud account que acabamos de adicionar:
09. Clicando na cloud account, podemos perceber que podemos atualizar os itens que não haviam sido inseridos anteriormente e executar um UPDATE. Também é aqui que podemos sincronizar as imagens que são adicionadas em nosso vCenter, embora essas tarefas sejam programadas para rodar automaticamente de forma agendada. Mas aprofundaremos esse item em outros artigos em breve.
10. Outro ponto para verificar e tomar conhecimento, é que o Datacenter do seu vCenter, corresponde ao Cloud Zones no Aria Automation, onde reúne os Projects (Projetos) e Compute (Recursos Computacionais). Para verificar, basta ir em Configure > Cloud Zones:
Conclusão
Com este artigo, entramos no mundo do VMware Aria Automation e demos os primeiros passos para entender suas capacidades, começando com algo tão fundamental quanto adicionar uma cloud account usando o vCenter. Este é apenas o início de uma série de configurações que iremos realizar neste caminho da automação de infraestrutura de TI, que promete não só simplificar mas também revolucionar a maneira como gerenciamos nossos ambientes virtuais.
Ao escolher começar com o vCenter, estamos aproveitando uma ferramenta familiar em nosso laboratório doméstico, mas também estabelecemos uma base mais sólida para futuras exemplificações, como a nuvem pública do Azure.
Dúvidas, críticas e elogios são sempre bem-vindos!